AMF CRIA GRUPO DE TRABALHO SOBRE A ARGEMELA

06-02-2019

A assembleia municipal do Fundão aprovou por unanimidade a criação de um grupo de trabalho sobre a Serra da Argemela. A proposta foi apresentada pela eleita do Bloco de Esquerda e tem por base o novo pedido de exploração apresentado pela empresa “PANNN”, correspondente a uma área de 7,8 hectares. 

De acordo com Cristina Guedes a criação este grupo de trabalho vai ter como principais objectivos "estudar os impactos que a solução agora apresentada pode ter no concelho do Fundão e simultaneamente desenvolver contactos com a assembleia municipal da Covilhã para encontro de posições convergentes". Isto porque no plano de lavra do pedido de exploração apresentado em Novembro de 2018 "a área em causa ronda os 7,8 hectares, localizados exclusivamente na união de freguesias de Barco e Coutada, área que se inscreve no primeiro pedido que foi solicitado em Fevereiro de 2017, que era de 403,71 hectares. Embora ambos os pedidos se tratem de explorações mineiras a céu aberto, se este segundo pedido for aprovado a exploração mineira a título experimental será dispensado de estudo de impacto ambiental pois o mínimo exigido por lei são 25 hectares, situação que desencadeará a exploração mineira na Argemela".
A área agora solicitada não exige a realização de um estudo de impacto ambiental, ao contrário do que aconteceu no primeiro pedido, apresentado em Fevereiro de 2017, em que a área abrangida era superior a 403 hectares. Por isso o líder da bancada do PS, José Pina, deixou o alerta "eu não gostaria de ser tomado por parvo que é tomar 400 hectares de intervenção num retalho de 70 pedaços a sete hectares cada um para evitar estudos de impacto ambiental. É o alerta que eu deixo e, em boa linguagem beirã, não nos tomem por tolos".
Por parte da bancada do PSD, que também votou a favor da criação deste grupo de trabalho, a principal missão será a de monitorizar todo o processo e denunciar todos os impactos que a situação possa trazer às populações envolvidas. Rogério Hilário sublinha que "será inevitável que a sexta maior reserva, assim classificada em território nacional, não irá ser explorada. Vai ser de certeza. Deus queira que não porque minimizávamos todo o impacto que as populações podem vir a sofrer. Mas também devemos olhar para isto como uma certa oportunidade e eu já o afirmei que não podendo parar isto vamos exigir que aquilo que será a segunda transformação venha também para a região do interior. Estou a falar na montagem das baterias. Não é só virem aqui fazer a exploração e chatearem-nos com tudo o que são problemas ambientais e depois outros levaram daqui o que for extraído e fazerem noutra zona aquilo que pode ser o aproveitamento económico deste potencial. E esta será, na minha perspectiva, a linha objectiva que temos de trabalhar para além de uma monitorização constante de todo o processo e de denúncia de tudo aquilo que não for feito de forma correcta".



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